MAIS UMA ESTRELA NO CÉU
10:57:00
«Dono de café suspeito de estrangular ex-empregada matou-se com veneno
O dono de um café, de 61 anos, e uma ex-empregada, de 21, foram encontrados mortos este domingo de manhã no "Ferreira das Francesinhas", em S. Mamede de Infesta, Matosinhos. Os bombeiros testemunharam um cenário estranho e encontraram vestígios de pesticidas e uma garrafa de gás aberta na casa de banho. A jovem aparenta sinais de estrangulamento.
A Polícia Judiciária está a investigar o caso para tentar perceber como ocorreram as mortes. A tese das autoridades, neste momento, aponta para um caso de homicídio seguido de suicídio.
O corpo de uma das vítimas, uma mulher de 21 anos que era ex-funcionária do estabelecimento, apresentava "marcas de estrangulamento" e foi encontrado atrás do balcão. O segundo corpo, do proprietário do café, um homem de 61 anos, foi encontrado perto da casa de banho.
O pedido de auxílio foi feito, às 11.40 horas, pelo filho do dono do café. Estranhou a ausência do pai e dirigiu-se ao estabelecimento, que estava encerrado e com as grandes exteriores corridas. Alertou, então, as autoridades que procederam à abertura de portas e encontraram as duas vítimas já sem vida. O INEM confirmou o óbito.
Os Bombeiros Voluntários de S. Mamede de Infesta e a PSP prestaram ajuda no local, o café "Local de Encontro", conhecido como "Ferreira das Francesinhas", na rua professor Serafim Silva Lopes.
Ao que o JN apurou, a jovem tem 21 anos e tinha acabado a universidade este ano. A família deu-a como desaparecida ontem e os amigos tinham-se mobilizado para a procurar, este domingo, sustentando que não era vista desde o meio-dia de sábado e que tinha o telefone desligado».
Nestas alturas, a proximidade fica um pouco para segundo plano. Claro que ninguém sente tanto a perda como aqueles que lhe eram próximos - a família que está de coração partido e os amigos que com ela viveram tanta coisa. Mas a brutalidade de notícias como estas não nos deixa indiferentes, sobretudo quando o rosto não nos é nada estranho.
Talvez toda a força do mundo não chegue para consolar aqueles a quem lhes foi arrancado um pedaço de si, mas talvez se todos tivermos um bocadinho dessa força para transmitir seja mais fácil para aconchegar e superar.
Independentemente de termos mais ou menos histórias para contar, perdemos uma de nós. A ESE ficou mais pobre e mais triste. E acho que ainda nenhum de nós acredita no que aconteceu. É demasiado estranho, cruel, doloroso e penoso. Por isso, unimo-nos todos, ainda que possamos estar separados fisicamente, pela família e pelos amigos.
Ninguém merecia partir tão cedo. Nem desta forma. Descansa em paz, Mafalda!
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